Pensatempo: UNESCO é boicotada pelos EUA após reconhecer Estado palestino

terça-feira, 1 de novembro de 2011

UNESCO é boicotada pelos EUA após reconhecer Estado palestino




Poucas horas após a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconhecer a Palestina como membro pleno, segunda-feira, o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciaram um boicote à instituição que tem entre seus principais objetivos contribuir para a paz e segurança mundial, fomentando a colaboração entre nações através da educação, ciência, cultura e comunicação.

“Iniciativas como a de hoje são contraprodutivas e complicam nossa capacidade de apoiar os programas da Unesco", declarou o embaixador estadunidense na Unesco, David Killion, lembrando que para o seu governo a adesão da Palestina é “prematura e contraproducente”. Brasil, Rússia, China, África do Sul e quase todos os países latino-americanos e africanos tiveram outra interpretação e aprovaram a participação plena da Palestina por 107 votos a favor e 14 contra.

Contrariados os interesses imperiais, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland anunciou a retaliação à Organização: "Tínhamos que conceder um pagamento de 60 milhões de dólares à Unesco em novembro e não vamos fazer isso"..

Comemorando o ingresso como 195º integrante da UNESCO, o ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Riyad al-Malk declarou que "esta votação vai apagar uma pequena parte da injustiça cometida contra o povo palestino. Este é certamente um momento histórico que dá à Palestina alguns de seus direitos”.

Conselheiro do presidente palestino Mahmoud Abbas, Sabri Saidam avalia que a decisão “é um pilar político dentre os muitos que fazem parte da nossa batalha para ganhar a independência, e eu acredito que estamos mais perto dela do que nunca”. Segundo Saidam, a admissão fortalece a caminhada pela aceitação do Estado da Palestina como membro das Nações Unidas.
 Ao mesmo tempo em que o governo ianque retira cerca de 20% dos recursos necessários à manutenção da UNESCO, a USAID (Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos acaba de brindar US$ 3,4 milhões à auto-proclamada Fundação para os Direitos Humanos em Cuba (FHRC), braço da organização fascista Fundação Nacional Cubano Americana (FNCA), responsável por inúmeras sabotagens e assasinatos na Ilha.
O esquema foi revelado pelo pesquisador e jornalista norte-americano Tracey Eaton, após meses de investigação sobre como se dá a administração dos milhões de recursos distribuídos pelo governo dos EUA para organizações que pretendem provocar ações de desestabilização da Revolução.
O FHRC é um grupo que se denomina ironicamente como "sem fins de lucro" e está localizado no mesmo endereço da FNCA em Miami.
A FNCA foi criada em 1981 por Jorge Mas Canosa, terrorista, agente e homem de confiança da CIA. Da mesma forma que Luis Posada Carriles, responsável pela explosão de um avião da Cubana de Aviación com 73 pessoas em 1976, Mas Canosa foi aluno da academia do crime de Fort Benning. O caráter terrorista da FNCA está comprovado em documentos “desclassificados”, como as confissões de Posada Carriles ao New York Times, em 1998, e de Antonio "Toñín" Llama ao Miami Herald, em 2006.

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